"I don't see what could go wrong" - Well, plenty could go wrong.

eu não sei o que me deu ontem, juro que não sei, só sei que estava a ver que ia ser a primeira vez que ia chorar por tua causa. as lágrimas estavam mesmo a teimar em sair mas acabaram por não o fazer, porque eu combati contra elas e ganhei. enfim, estou a escrever, de novo, neste blog porque não quero que leias isto. não sei, se calhar daqui a uns dias mas não agora, ainda não. não quero pressionar-te de forma alguma porque sei o quão horrível pode ser sermos pressionados com algum assunto delicado - e como não te desejo mal nenhum, muito pelo contrario, escrevo aqui, onde tu não podes ler. como já disse, aconteceu tudo ontem, era p'rai meia noite e tal e pronto, eu comecei a sentir-me de uma forma estranha, outra vez. fiz com o meu cabelo o rabo de cavalo mais perfeito que alguma vez consegui fazer e pus-me a pensar. no outro dia, uma pessoa perguntou-me se me poderia fazer uma pergunta indiscreta. eu aceitei, porque a pessoa em causa é alguém de confiança. e pronto, admito que estava a espera de uma pergunta perversa sobre um assunto completamente à parte, mas não. a pergunta foi "achas que já amas-te alguém? tipo, amar, amar mesmo?" e eu respondi-lhe, da melhor maneira que pude e com a maior sinceridade que conheço. e resumindo, a minha resposta foi "não sei." não sei se já amei alguém, assim aquele amar apaixonado. já senti muita coisa por alguns rapazes, já senti aquelas sensações todas que alguém sente quando esta apaixonado, mas não sei se alguma vez amei. só que as vezes, quando penso no que sinto por ti, será que isso não é amor? eu até tenho medo de estar a dizer isto porque o amor para mim é algo de grande valor. não que o que eu sinta por ti não seja, nada disso. mas não quero insinuar nada. enfim, e pronto. desde que cheguei de Portugal que, mesmo se algumas coisas que eu pensava que já tivessem mudado estejam na mesma, não consigo esconder a felicidade que senti quando te vi, finalmente, depois de tanto tempo. só de pensar nisso...enfim. senti-me tão bem, como sempre me sinto contigo. senti-me completa? será essa a melhor palavra para descrever? não sei, mas se não é esse, é uma parecida. isto não é uma daquelas historias onde a rapariga gosta de um rapaz que se esta totalmente a borrifar para ela e ela esta perdida de amores por ele mas sabe que nunca vai poder nem sequer falar com ele. não, nem por sombras. isto é completamente diferente. somos melhores amigos. contamos quase tudo um ao outro, falamos sobre as coisas mais banais só mesmo para partilharmos a nossa opinião, estamos juntos varias vezes por semana (as vezes mais do que outras) e pronto. mas no fundo, as coisas do meu lado andam uma bagunça. e eu que pensava que o meu quarto era a única bagunça que eu tivesse na minha vida. mas não. isto também é uma bagunça, uma bagunça enorme e eu começo a ficar desesperada. sabes o que é teres alguém que tu adoras, adoras imenso e que não te imaginas sem esta pessoa? sabes o que é captar todos os movimentos, gestos e palavras carinhosos de alguém, sem conseguires não o fazer? sabes o que é teres alguém e por mais tempo que passes com esta pessoa, não te consegues fartar dela? sabes o que é ver em alguém a coisa mais preciosa que possuis na tua vida? sabes o que é ter a necessidade de continuares, após tanto tempo, a impressionar essa pessoa para impedir que a vossa relação se torne monótona e que consigas, a cada dia, impressionar essa pessoa? sabes o que é gostares tanto de alguém até ao ponto de puderes fazer tudo e mais alguma coisa por ela? sabes o que é apreciares cada momento com ela, até mesmo os momentos de puro silêncio? sabes o que é sentir que o sorriso de alguém vale mais do que tudo o ouro para ti? tudo isso e muito mais é o que sinto contigo. tenho-te de uma forma incrível, e não trocava isso por nada, mas as vezes apetece-me ter-te de uma forma mais intensa, ter-te de uma forma mais coisinha, mais meu sabes? não és meu porque ninguém é de ninguém mas sabes muito bem do que é que estou a falar. acho que o que quero ouvir de ti ou é um "não." ou um "sim." já estou farta de intermédios. eu sou tão parva, quando as pessoas me falam de ti, e eu digo que somos só amigos, blablabla. e somos claro, mas as vezes só me apetece bater-te e dizer-te que te adoro e que és muito mais que isso para mim. mas acho que isso já se nota. porque eu mereço-te, mereço-te a ti e que se lixem os outros. há tantos rapazes espectaculares por ai, já me deparei com alguns mas não quero saber deles quando estou contigo. tudo à minha volta se torna um detalhe mínimo porque tu me roubas toda a atenção. sabes bem que eu poderia dar-te tudo o que queres, tudo o que precisas. se calhar não tudo de uma vez, mas aos poucos e poucos la se arranjaria uma solução para todos os obstáculos. não te posso prometer nada e nem quero. sabes que não vais encontrar mais ninguém como eu. não te posso dar nem a lua nem as estrelas, nem o infinito nem a eterna felicidade, porque sabes, posso-te dar muito mais que isso.